Dia 28-1-2015 no Facebook:
“ – E em que mundo habitas? –
indaga o infeliz.
- A minha pátria fica a
quinhentos milhões de léguas do sol, numa pequena estrela perto de Sírio, que
tu vês daqui.
- Que bela terra! – exclamou
Memnon. – Quer dizer que lá não há espertalhonas que enganem um pobre homem,
nem amigos íntimos que lhe ganhem o dinheiro e lhe furem um olho, nem
bancarroteiros, nem sátrapas que zombem da gente, recusando-nos justiça?
- Não – respondeu o habitante da
estrela -, nada disso. Nunca somos enganados pelas mulheres, porque não as
temos; não nos entregamos a excessos em mesa, porque não comemos; não temos
bancarroteiros, porque não existe entre nós nem ouro nem prata; não nos podem
furar os olhos, porque não temos corpos à maneira dos vossos; e os sátrapas
nunca nos fazem injustiça, porque na nossa estrela todos são iguais.
- Sem mulher e sem dinheiro –
disse Memnon -, como passam então o tempo?
- A vigiar – respondeu o gênio –
os outros globos que nos são confiados; e eu vim para consolar-te.”
(“Contos”, Voltaire, in “Memnon
ou A Sabedoria Humana”, Abril Cultural, São Paulo, 1983, página 104.)
Mais um conto de Voltaire no qual
ele se refere a outro ser alienígena. Note-se que ele coloca a sociedade de
Sírio como superior à nossa: “não existe entre nós nem ouro nem prata”; “na
nossa estrela todos são iguais”. Mas o mais importante é a declaração final do
alienígena de que estão “a vigiar os outros globos que nos são confiados; e eu
vim para consolar-te”. Ele acertou na mosca, pois a presença dos
extraterrestres entre nós se resume nestas duas palavras: VIGILÂNCIA e AUXÍLIO.
A origem da humanidade em nosso globo, mesmo em tempos remotíssimos, está
ligada aos extraterrenos. E estamos vivendo, nos dias atuais, a culminância do
Projeto Terra, sobre o qual, da perspectiva dos Ets, não sabemos praticamente
nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário