ESTOU SAINDO DA MATRIX
Amanhã volto a falar dos venenos. Vou continuar o tema de ontem. Começo
a perceber a imensa ARMADILHA montada pelo Facebook. NÃO PODE EXISTIR
algo assim. Não é cabível que uma única rede social tenha o CARTEL
VIRTUAL de comunicações interpessoais. E o seu modelo é o da
DESPERSONALIZAÇÃO. Não existem DADOS PESSOAIS. Todos são induzidos a se
expressarem POR IMAGENS, até mesmo os livros preferidos. Nas comunidades
do Orkut haviam divisões em páginas, tornando fácil a consulta em
grande quantidade de textos. AQUI NÃO É ASSIM. É por ANO, numa única
página. Outro dia fui fazer uma pesquisa sobre Rock Progressivo num
grupo, e não consegui chegar ao final. O que se pretende aqui não é a
PESQUISA.
Segundo
o mito da caverna de Platão, alguns indivíduos ficam como que hipnotizados com
as sombras e não conseguem perceber que a luz está lá fora. Estou começando a
enxergar. O meu velho amigo Dode, de Lima Duarte, que me "aplicou" o
Crowley no final da década de 70, diz que o Facebook é "ALIENAÇÃO".
Estou começando a compreendê-lo. Montou-se uma gigantesca REDE - no sentido de
"TEIA" - para REDUZIR a população mundial ao mais inferior nível de
expressão.
DEVERIA EXISTIR várias redes sociais, a
maior parte delas para assuntos específicos. Redes para músicos, para
engenheiros, para ocultistas, para atores, para biólogos, ETC ETC ETC... O
mundo e as pessoas são DIVERSIFICADAS... JAMAIS poderiam estar APRISIONADAS
nesta TEIA como se TODOS FOSSEM HOMOGÊNEAS
Outro dia fiquei sabendo de uma rede
social brasileira - Mirtesnet. Entrei, fiz um cadastro, e fiquei estupefacto ao
ver que era um CÓPIA mal feita do Face. O QUE ESTÁ ACONTECENDO, AFINAL???...
Está PROIBIDA a criação de novas Redes? Isto é um CARTEL??? Afinal de contas,
gente inteligente há muita pelo mundo, para criar estas redes novas.
E não é só isto, tem muitas coisas que
PODERIAM ESTAR ACONTECENDO!!!... Blogues pessoais, chats... Um montão de
coisas... Salva-se no Face o bate-papo, que não tem limites. Entretanto, as
pessoas não estão mais se comunicando. Parece que está havendo uma APATIA. Mas
isto só ocorre quando NÃO HÁ MAIS PENSAMENTO E CRIATIVIDADE.
Volto a falar do PODER DA IMAGEM. O mais
trágico - para mim - é perceber que pessoas cultas, inteligentes,
cabeças-feitas, não só não se expressam correntemente de forma escrita,
preferindo imagens, como também colocam às vezes em suas páginas coisas que vão
do banal ao ridículo. É O QUE FALEI: NIVELOU-SE TODO MUNDO POR BAIXO... Sem
querer ofender as pessoas comuns, com as suas limitações - e todos nós as temos
- A VIDA NÃO É ASSIM...
Portanto, para início de conversa, e vou
continuar a meditar no assunto, o FACEBOOK não passa de uma IMENSA MONSTRUOSIDADE...
É INADMISSÍVEL!!!...
Se tivesse uma rede para ESPIRITUALISTAS
eu sairia daqui e emigraria para ela. E estas outras redes, as mais
"inteligentes", deveriam LIMITAR o uso de imagens e PRIORIZAR o uso
de textos. Os modelos de páginas também devem divergir. Entretanto, há a
necessidade de uma rede para as pessoas normais, aquelas que não tem
preferência por nenhum assunto específico: é para estas que o Facebook
serviria.
Existe um mundo de coisas para se fazer,
como por exemplo, um site/blog/rede contendo informações de vanguarda sobre
tudo de AVANÇADO que está ocorrendo no mundo. O grande problema é a quantidade
INFINITA de informações. Mas pra tudo tem um jeito. O QUE NÃO PODE OCORRER É
ISTO QUE ESTÁ NA MINHA FRENTE: o Facebook praticamente MONOPOLIZANDO TUDO E
CONTROLANDO TODOS. Por que o Orkut desapareceu? ISTO É CARTEL???
“Nessa
direção precisamos levar em consideração que antes de se tornarem bons
navegadores na rede, esses internautas necessitam ser bons leitores, a
fim de desenvolverem a capacidade crítica de desvendar o sentido de
imagens e textos, de conseguir mergulhar
no mundo virtual dominando e compreendendo sua navegação e não ser
dominado por ela, transformando-se num navegador-leitor que substitui a
vida concreta pela ilusão de vida que a rede proporciona aos internautas
destituídos da leitura crítica do mundo, do texto e da tela. Não há
como negar essa forma acrítica de navegar, é uma das formas
contemporâneas da alienação. É o homem abandonando-se à sedução da
máquina, do ciberespaço ao adquirir e praticar sem questionamentos os
novos hábitos construídos pela cibercultura.” (“A leitura, o leitor e a
ilusão”, Elizabeth Gonzaga de Lima)