Dia 11-1-2015 no Facebook:
Em grande extensão, a ARTE MODERNA destituiu a Harmonia e a Beleza para
entronizar a dessimetria do feio. Foi o que declarou o personagem de
Luiz Buñuel do seu filme "O Fantasma da Liberdade", refestelado num
confortável sofá: "- Estou cansado de simetria." Este fenômeno afetou
principalmente a Pintura, a Escultura e a Poesia. Em nome de um
modernismo a princípio justificável e aceitável, a degeneração da
produção artística atingiu hoje as raias do grotesco e do absurdo. No caso
específico da Poesia, tenho como testemunho material um caderno
manuscrito com trovas colhidas em jornais e revistas por minha mãe, meio
século atrás, quando existia um forte movimento trovadoresco nacional. A
aridez e o hermetismo dos versos ditos modernistas só fez afastar o
público desta arte, a qual ficou restrita apenas aos poetas, literatos e
críticos. A Pintura Clássica desapareceu, como já falou Ferreira
Gullar, sendo ainda mantida de certa forma por bons desenhistas. A
Escultura hodierna não pode ser comparada às peças dos artistas
renascentistas, pois seria muita covardia. Teatro e Cinema decaíram a
níveis que chegam a ser até mesmo puramente maléficos. A Música, a mais
próxima das artes para o homem comum, é uma manifestação artística
altamente complexa e extremamente variável, sendo de difícil abordagem.
Cá entre nós brasileiros, o que se pode afirmar é que musicalmente
impera nos meios de comunicação de massa oficiais – gravadoras, rádio e
televisão – o mais abominável kitsch. Sendo assim, ESTA ARTE QUE AÍ
ESTÁ, com todo o seu teor de desarmonia e feiúra, terá de sofrer
grandes transformações para que possa se tornar digna de harmonizar e
embelezar a Nova Era Aquariana.
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