quinta-feira, 30 de abril de 2015

A Redenção de Gaya - 5

Dia 30-4-2015 no Facebook:

      - Considere-nos, Marcos, apenas dois amigos. Não é nossa intenção constrangê-lo. Afinal de contas, somos todos Filhos do Grande Pai Universal, não é mesmo?!... – A voz de Rayna penetrou na minha alma com uma vibração amorosa suave mas profunda, que me deixou emocionado.

      - E vocês falam um português corretíssimo e sem qualquer sotaque...

      - Estamos no Brasil há bastante tempo – tornou Adrantor Nibay, num largo sorriso.

      - De qual estrela vocês vêm? – A minha curiosidade precisava ser saciada naquele momento. E eles não demonstravam o menor sinal de irritação ou fastio.

      - Somos originários de um planeta das Plêiades chamado Trima – esclareceu-me Rayna Dauã.

      Nesta altura, lembrei-me da cena de um filme de Woody Allen, cujo nome me fugiu. O genial cineasta, com um microfone na mão, se põe a questionar as pessoas que se acham numa fila, inquirindo se eram felizes. Após escutar alguns “não” como resposta, um casal de jovens, ambos louros e de alta estatura, responde afirmativamente. Perguntados sobre a razão da felicidade, o rapaz responde: “Porque somos fúteis e vazios.” Assim como Woody Allen, – baixo, magro, feio e com nariz judaico, e por sinal sou muito parecido com ele –, eu estava diante de dois belíssimos jovens pseudamente nórdicos, mas jamais “fúteis e vazios”.

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